Dupla
sertaneja formada por João Salvador Perez, o "Tonico" (São
Manuel-SP,em 02 de março de 1917) e José Perez, o "Tinoco" (nascido
em uma fazenda de Botucatu - SP, que hoje pertence ao município de Pratânia, em
19 de novembro de 1920).
Com
os pais, Salvador Perez - um espanhol de Léon, na Astúrias espanhola, chegado
ao Brasil criança, em 1892 e Maria do Carmo, uma brasileira descendente de
negros com bugres
O irmão Chiquinho e As irmãs:
Antonia, Rosalina e Aparecida.
Em 1930, quando a família Perez trabalhava na fazenda Tavares, em Botucatu, os dois irmãos ouviram discos da série caipira de João frequentava a escola rural e dava lições para os colonos mais velhos.Dos amigos cobrava um litro de querosene por mês (para manter os lampiões da sala de aula), mas dificilmente recebia alguma ajuda. José,o mais levado, gostava de caçar passarinhos com arapucas(depois os soltava), de brincar com amigos do arraial e aos sábados vestia-se de coroinha para ajudar a celebração da Missa. Após a cerimônia acompanhava o Padre nas refeições, e voltava para casa levando alimento para os irmãos. O gosto pela cantoria veio dos avós maternos Olegário e Izabel, que alegravam a colônia com suas canções, ao som de uma antiga sanfona. A primeira música que aprenderam foi Tristeza do Jéca em 1925. Em 15 de agosto de 1935 fizeram a primeira apresentação profissional. Cantaram na Festa da Aparecidinha/ São Manuel, em uma quermesse. Junto com o primo Miguel, formavam o "Trio da Roça". Em 1931, Tonico e Tinoco moravam em Botucatu (SP), na fazenda Vargem Grande, de Petraca Bacci, com os pais, Salvador Perez - um espanhol de Léon, na Astúrias espanhola, chegado ao Brasil criança, em 1892 e Maria do Carmo, uma brasileira descendente de negros com bugres. A exemplo de outras crianças da época, os dois garotos, mal aprenderam a falar, já eram cantadores das modas de viola. Aprendiam as letras com Virgílio de Souza, violeiro das redondezas.
Tonico e Tinoco participavam das primeiras serenatas,
alegravam festas e bailes de São João. Nas colônias enfeitadas de bandeirinhas,
comiam batata-doce assada na brasa, pamonha, milho verde e bebiam quentão.
"Os rapazes trabalhavam o ano inteiro para fazer bonito nos bailes, junto
às caboclinhas", conta Tinoco. "Nós lá de calça cumprida, camisa
xadrez e as botas penduradas nas costas para não estragar o solado. As meninas
com seus vestidos de chita dançavam de pés descalços e com uma flor no cabelo
cheirando a gostosa." A esperança dos moços e das moças era arrumar um
namoro. Foi num desses bailes que Tonico conheceu e apaixonou-se por Zula,
filha do administrador da fazenda, Antônio Vani. O pai proibiu o namoro e
magoado, Tonico compôs Cabocla.
Cornelio Pires um grande incentivador da dupla. Começa a
Segunda Guerra Mundial. A vida em Sorocaba fica insuportável, nada dá certo
para os Pérez e eles decidem retornar ao campo, agora para a fazenda São João
Sintra, em São Manoel (SP). A volta, contudo, possibilitou aos irmãos Perez a
primeira chance de cantar numa Rádio. O administrador da fazenda, José Augusto
Barros, levou-os para cantar na Rádio Clube de São Manoel - ainda hoje lá, na
rua Coronel Rodrigues Alves, no centro da cidade. Assim, até o final de 1940,
eles ficam trabalhando na roça durante a semana e aos domingos cantam na
emissora da cidade. Só por amor à arte, sem ganhar. As dificuldades levaram os
Pérez a uma derradeira migração.Em janeiro de 1941 chegam, de mala e cuia -
quatro sacos com os trens de cozinha e duas trouxas de roupa - a São Paulo. À
falta de profissão, as meninas foram trabalhar em casa de família, Tinoco num
depósito de ferro-velho, Chiquinho na metalúrgica São Nicolau e Tonico, sem
outra alternativa, comprou uma enxada e foi ser diarista nas chácaras do bairro
de Santo Amaro. Os tempos duros da cidade grande tinham lá sua compensação,
principalmente nos domingos, quando a família ia ao circo, na rua Lins de
Vasconcelos no então pacato bairro do Cambuci. Num desses espetáculos, os manos
conheceram pessoalmente Raul Torres e Florêncio, a dupla de violeiros mais
famosa de São Paulo e que depois,com Rielli na sanfona, formaram na Rádio
Record o famoso trio "Os Três Batutas do Sertão.A Rádio Record era do
doutor Paulo Machado de Carvalho, que seria chamado "Marechal da
Vitória" quando chefiou as seleções brasileiras de futebol campeãs do
mundo em 1958 e 19ó2. Depois conheceram Teddy Vieira - um paulista de
Itapetininga que produziu um formidável acervo de 500 músicas sertanejas da
melhor qualidade - Palmeira e Piraci, artistas exclusivos da Rádio Difusora, no
programa "Arraial da Curva Torta", Zé Carreiro e Carreirinho,os quais
surgiram em 1950, por intermédio de Tonico e Tinoco que queriam gravar a moda
"Canoeiro" deles e os quatro fizeram um acordo: deixariam Tonico e
Tinoco gravar a moda se os mesmos arrumassem um contrato na gravadora para eles
gravarem também; existiam no país 76 emissoras de rádio e mais de 1,5 milhão de
aparelhos receptores. Era ao redor desses aparelhos que o país todo se
debruçava para acompanhar nervosamente o noticiário da guerra pelo Repórter
Esso. Anunciado como "testemunha ocular da História", esse noticioso
foi o primeiro radiojornal a utilizar técnicas modernas no país e era
transmitido pelas rádios Nacional (Rio) e Record (SãoPaulo).
Foto histórica, apresentando à esquerda Tonico e Tinoco, Rosalinda
e Florisbela (Hebe e Stela Camargo), Capitão Furtado, Lulu Benencase,
apresentador do "Arraial da Curva Torta", da Rádio Difusora de São
Paulo. A frente, Os "Águias da Meia Noite
A divulgação
nos programas da rádio transformava a dupla em sucesso imediato, fazendo surgir
dezenas de convites para shows. A primeira apresentação dessas foi no cine
Catumbi, em São Paulo, hoje transformado em uma casa de forró sertanejo. Depois
rumaram para o interior, em excursões que demoravam uma, duas, às vezes, três
semanas. Entravam pelo interior paulista de Taquaritinga, Santa Adélia e
seguiam de trem por toda a linha araraquarense. Na Mogiana, passavam por
Brodosqui, Franca e terminavam em Ribeirão Preto. Apresentavam-se em cinemas,
clubes e até em pátios vazios de armazéns. Quando terminaram a primeira
excursão, no Circo Biriba, em Ribeirão Preto, fizeram a partilha do lucro:
quatro mil e quinhentos cruzeiros para cada um. A dupla estreou em disco, na Continental, em
1944, com o cateretê "Em vez de me agradecê" (Capitão Furtado, Jaime
Martins e Aimoré)e que foi lançada em 07/45). Na gravação de "Invés de me
Agardecê" ocorreu um fato inusitado, pois eles a gravaram e em seguida,
quando foram gravar o lado B do disco soltaram a voz tão alto, da forma como
cantavam lá na roça e estouraram o microfone . Como o processo de gravação era
algo muito caro, o disco saiu apenas com um lado, mas como punição a dupla
precisou ficar seis meses fazendo aula de canto para educar a voz e voltar a
gravar. Por isso que o lançamento do primeiro 78 rpm para o segundo é curto
pois eles gravaram a primeira moda ainda em 1944. Bem sucedida com essa
gravação, que serviu de teste, gravou seu primeiro disco completo, a
moda-de-viola "Sertão do Laranjinha", motivo popular adaptado pela
dupla e Capitão Furtado, e "Percorrendo o meu Brasil" (com João
Merlini), que foi sucesso imediato. No ano seguinte (1946)o sucesso
definitivamente chegou com "Chico Mineiro" (Tonico/Francisco
Ribeiro). Com o sucesso de Chico Mineiro a dupla consagrou-se definitivamente e
tornou-se a dupla sertaneja mais famosa do Brasil. Uma curiosidade: quando
Tonico e Tinoco foram gravar Chico Mineiro a gravadora havia informado que esse
seria o último disco da dupla, pois eles já haviam gravado 5 discos e existia
sempre uma reclamação dos ouvintes com relação a dupla, alegavam que não era
possível entender a pronuncia deles nas letras das músicas, os fãs não
entendiam o que eles estavam dizendo, aí surgiu Chico Mineiro e tudo mudou,
inclusive com o dinheiro que eles ganharam com essa música conseguiram comprar
sua 1ª casa para viver com a família. Desde então, tornou-se a dupla sertaneja
mais famosa do país. Ao final da Segunda Guerra, o número de emissoras de rádio
saltou para 117, e os aparelhos receptores eram 3 milhões. Tonico e Tinoco
estão agora na Rádio Nacional de São Paulo onde nasceu um de seus mais
marcantes programas. Um dia, o auditório estava ocupado com um ensaio e como
eles precisavam entrar no ar, puxaram os microfones para fora e fizeram a
apresentação do corredor. O locutor Odilon Araújo perguntou de onde o programa
estava sendo transmitido e Tinoco respondeu: "Da Beira da Tuia".
O nome ficou. Com o término da guerra consolidou-se a influência cultural
norte-americana em várias partes do planeta, no Brasil inclusive. As grandes
orquestras pontificavam com o swing e sua versão mais dançável, o fox-trot. A
parte brilhante do Brasil era o Rio de Janeiro, embora a pedra mais vistosa de
sua coroa, o cassino da Urca, já não ficasse mais, ofuscada pela proibição do
jogo, em 1. Nos anos 40 na São Paulo provinciana ainda havia espaço, via ondas
de rádio, para programas sertanejos de grande prestígio: "Manhã na
Roça" de Chico Carretel, na Cruzeiro do Sul; "Arraial da Curva
Torta" do Capitão Furtado, na Difusora e "Alma Cabocla" do Nhô
Zé, na Nacional. Nos turbulentos anos 40 já existiam boas duplas e que dividiam
popularidade com Tonico e Tinoco assim como, Raul Torres e Florêncio (1942),
Serrinha e Caboclinho (1942), Alvarenga e Ranchinho (1934), Irmãs Castro
(1948), Zé Fortuna, Pitangueira e Coqueirinho (1949), Sulino e Marrueiro
(1949). No início dos anos 50 a música sertaneja obteve sua época de ouro e
Tonico e Tinoco continuavam absolutos. Programas famosos surgiram nessa década
como: "Brasil Caboclo" do Capitão Barduíno, "Onde Canta o
Sabiá" do Comendador Biguá e "Serra da Mantiqueira" com Zacarias
Mourão na Bandeirantes. Quase todos os grandes nomes da música sertaneja
surgiram nessa década: Zé Carreiro e Carreirinho (1950), Zico e Zeca (1952), Irmãs
Galvão (1954), Tião Carreiro e Pardinho (1956), Liu e Léu (1957), Craveiro e
Cravinho (1959) e muitas mais, mas sem dúvida nenhuma Tonico e Tinoco eram
"Os Expoentes Máximos da Música Sertaneja". Apesar da popularidade o
trabalho para dupla sertaneja era garantido, porém limitado aos circos somente.
Felizmente nessa época apenas em São Paulo estavam baseados cerca de 200 circos
que iam ao interior para apresentação dos ídolos sertanejos do rádio. No final
de 1960 a dupla recebera um golpe quase mortal, quando Tonico, tuberculoso
desde 1940, precisou ser internado num hospital em Campos do Jordão/SP, cedendo
lugar para o irmão Chiquinho tanto nos shows, quanto nos programas de rádio e
gravações de discos. Tonico fez uma
cirurgia e um tempo depois deixou o hospital com a certeza que não voltaria
mais a cantar. Tinoco, através da Rádio Nacional onde faziam o programa, pediu
para os fãs rezarem pela saúde de Tonico, o qual ficou curado, e voltou a
cantar com mais força e beleza. Em devoção a Nossa Senhora Aparecida, a quem a
dupla atribuiu sua cura, construíram na Vila Diva em São Paulo/SP uma capelinha
que recebe romeiros e devotos até hoje.Ano de 1969, novas mudanças na carreira
de Tonico e Tinoco, eles estréiam na Rádio Bandeirantes onde permanecem até 1983.
No periodo em que estiveram na radio bandeirantes deram muita dor de cabeça ao
diretor adjunto Salomão Esper. Quando este pensava que tuda estava resolvido lá
vinha a dupla a dizer: ta tudo muito bom. Tudo muito certo. Mais pra nois não
serve!
A famosa máquina de escrever, onde Tonico
compunha suas memoráveis letras.Cornélio Pires, de Tietê (SP), foi o grande
iniciador e incentivador da cultura sertaneja, dando espaço para muitas duplas,
inclusive Tonico e Tinoco.
Voltam a pertencer ao Cast da Continental, gravam 04 Lp´s
nesse ano, dois deles em comemoração ao aniversário de carreira da dupla: “26
Anos de Glória” gravado no Teatro da Rádio Bandeirantes com a apresentação do
Carlito e “27 Anos” onde gravam antigos sucessos imortalizados nas vozes de
grandes intérpretes, tais como, “Maringá” (Joubert de Carvalho), “Chuá, Chuá”
(Pedro de Sá Pereira/Ary Pavão), “Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearense). Em
1979, precisamente no dia 6 de junho, Tonico e Tinoco fazem o que nenhum
caipira havia sonhado: apresentam-se no Teatro Municipal, em São Paulo, num
show de três horas que reúne um público recorde de 2.500 pessoas. Da beira da
tuia, celeiros centenários onde cantavam no passado, os irmãos Perez chegavam a
um dos mais famosos teatros do mundo, que até então só abria suas portas para
óperas, balés e concertos eruditos. No
ano de 1994 na Polygram com a produção de José Homero e Chitãozinho gravam seu
último trabalho, onde destaca-se “Coração do Brasil” (Joel Marques/Maracaí) com
participação especial de Chitãozinho & Xororó e Sandy & Júnior, e
“Chora Minha Viola” (Nilsen Ribeiro/Geraldo Meirelles). Cantando em todos os
canais de televisão de São Paulo, com programa exclusivo na TV Bandeirantes, a
dupla excursionou pelos Estados do Centro e Sul do país. Vale citar que Tonico
e Tinoco tinham uma aceitação fenomenal na região Sul do Brasil, uma região
marcada pelo seu tradicionalismo mas que sempre teve as portas abertas para
Tonico e Tinoco. A dupla por sua vez em todos Lp´s sempre homenageava a região
Sul com músicas e o público lhe era fiel por isso. A viola e o violão deles
sempre possuiu uma harmonia perfeita com a "Cordeona" dos gaúchos,
catarinenses e paranaenses. Sempre preferiu, entretanto, as estações de rádio,
onde atuou com programas exclusivos na Tupi, Nacional e Bandeirantes, de São
Paulo.
Tonico
faleceu em 13 de agosto de 1994 e a partir de então, sem arrefecer, Tinoco e
Tinoquinho, continuam a nos encantar com suas modas inesquecíveis!
Finalizando
esta biografia, em um belo e rico resumo, podemos afirmar que Tonico e Tinoco,
a maior dupla sertaneja de todos os tempos, foram protagonistas dos eventos
abaixo descritos, ao longo de sua belíssima carreira de 60 anos:
No mês de abril do ano de 2006, tivemos o prazer de receber em nossa cidade a dupla Tinoco e Tinoquinho, para a realização de um show na praça central, juntamente com o sorteio da Loteria Paulista, anteriomente a esse eventos estivemos no Tabatinga Palace Hotel onde a dupla estava hospedada para conversar com o "Velho Tinoco", estavam presentes comigo na época, meu saudoso e querido amigo Tibério Mem e Genézio Sgarbi . Chegando lá fomos atendendidos pelo Tonico, muito gentil, tiramos fotos como as que seguem, sentamos e fizemos várias perguntas à ele e sem pensar muito ele já dava e resposta e além disso contava as suas histórias dos velhos tempos. Fiquei bastante feliz em ver ali, pertinho um senhor já com uma certa idade, famoso no Brasil todo, uma pessoa simples, de vocabulário bem caipira, contando os "causos" de quando formavam a dupla Tonico e Tinoco, das épocas que cantavam e circos, em cidades muito precárias e também contando as história de criança, quando seus pais eram vivos. Para mim foi um fato inesquecível, que fiquei admirado com a simplicidade e o carinho do artista em relação aos seus fãs e admiradores. Ficamos alí com ele mais ou menos uma hora e ele contando seus "causos" , depois ele gentilmente nos pediu licença para ir almoçar com o filho (Tinoquinho) e a senhora sua esposa Dona Nadir (falecida em 13 de setembro de 2010 com 73 anos). E mais a tarde, finalizaram com o Show na Praça Central a sua passagem pela nossa cidade.
No mês de abril do ano de 2006, tivemos o prazer de receber em nossa cidade a dupla Tinoco e Tinoquinho, para a realização de um show na praça central, juntamente com o sorteio da Loteria Paulista, anteriomente a esse eventos estivemos no Tabatinga Palace Hotel onde a dupla estava hospedada para conversar com o "Velho Tinoco", estavam presentes comigo na época, meu saudoso e querido amigo Tibério Mem e Genézio Sgarbi . Chegando lá fomos atendendidos pelo Tonico, muito gentil, tiramos fotos como as que seguem, sentamos e fizemos várias perguntas à ele e sem pensar muito ele já dava e resposta e além disso contava as suas histórias dos velhos tempos. Fiquei bastante feliz em ver ali, pertinho um senhor já com uma certa idade, famoso no Brasil todo, uma pessoa simples, de vocabulário bem caipira, contando os "causos" de quando formavam a dupla Tonico e Tinoco, das épocas que cantavam e circos, em cidades muito precárias e também contando as história de criança, quando seus pais eram vivos. Para mim foi um fato inesquecível, que fiquei admirado com a simplicidade e o carinho do artista em relação aos seus fãs e admiradores. Ficamos alí com ele mais ou menos uma hora e ele contando seus "causos" , depois ele gentilmente nos pediu licença para ir almoçar com o filho (Tinoquinho) e a senhora sua esposa Dona Nadir (falecida em 13 de setembro de 2010 com 73 anos). E mais a tarde, finalizaram com o Show na Praça Central a sua passagem pela nossa cidade.
Eu e Tinoco.
Eu, Genésio Sgarbi, Tinoco e Tibério Mem
Tinoco e Tinoquinho na Praça Central de Tabatinga.