sexta-feira, 25 de outubro de 2013

HISTÓRIA DE PEDRO BENTO E ZÉ DA ESTRADA.

Joel Antunes Leme, o Pedro Bento, nasceu em Porto Feliz-SP em 08/06/1934; Valdomiro de Oliveira, o Zé da Estrada, conterrâneo de Tinoco, nasceu em Botucatu-SP (distrito que hoje é o recém emancipado município de Pratânia-SP) em 22/09/1929.


Aos 7 anos de idade, Joel Antunes já cantava Cururus em Porto Feliz-SP; considerado "menino-prodígio", também cantava em Festas do Divino nas regiões de Tietê e Piracicaba entre outras; e sua formação musical foi ao lado de cantadores como Sebastião Roque, Pedro Chiquito, Luís Bueno, João David e Zico Moreira. Pedro ainda fez parte do "Trio Paulistano" e atuou também na dupla "Matinho e Matão" a qual se apresentava na Rádio Clube de Santo André-SP. Participava também cantando no Programa de Nhô Zé na Rádio Nacional. E, aos 13 anos de idade, resolveu se mudar para a Paulicéia Desvairada.
Valdomiro, por outro lado, teve uma trajetória um pouco diferente: foi retireiro e agricultor. Oriundo de família de Cantadores, consta que seu bisavô teria cantado com D. Pedro II e dele recebeu uma viola de madrepérola, com a qual fez questão de ser enterrado. Valdomiro foi também caminhoneiro, resultando daí o seu nome artístico de Zé da Estrada. Além de caminhoneiro, Valdomiro foi também administrador de fazendas. Na carreira musical, além de ter sido cantor mirim, fez parte do trio "Os Fazendeiros", juntamente com Paiozinho e com o acordeonista Pirigoso, e com sucesso nas rádios Cultura e Nacional.
Foi em São Paulo-SP, no ano de 1954, no programa "Manhãs Na Roça" de Chico Carretel, na Rádio Cruzeiro do Sul, que Joel Antunes conheceu Valdomiro que já residia há 17 anos na Capital Paulista e já havia adotado o pseudônimo de Zé da Estrada. E em 1956 a dupla recém criada passou a atuar na Rádio Cultura e em circos, participando também de campanhas políticas.
E em 1957 a dupla gravou o primeiro 78 RPM na gravadora Continental, interpretendo a "Santo Reis" (Pedro Bento - Paulo Vitor) e "Teu Romance" (Pedro Bento - Zé da Estrada - Braz Hernandez). No mesmo ano gravaram mais um disco onde se destacava o valseado "Seresteiro Da Lua" (Pedro Bento - Cafezinho - José Raia), considerado por muitos como o maior sucesso na carreira da dupla. Na época, Pedro Bento e Zé da Estrada eram acompanhados pelo acordeonista Coqueirinho.

Em 1960 passaram a ser acompanhados pelo acordeonista Célio Cassiano Chagas, o Celinho, formando o trio "Pedro Bento, Zé da Estrada e Celinho", conjunto que se apresentou na Rádio Bandeirantes e, logo depois, na Rádio Tupi, ambas na Capital Paulista. Celinho continua até hoje tocando o Acordeon nos shows de Pedro Bento e Zé da Estrada.


Apesar da Música Caipira ser um Estilo Musical Genuinamente Brasileiro, ela não ficou livre de influências estrangeiras as quais aconteceram em toda sua história. Conforme já foi dito por Cornélio Pires, o estilo nasceu da fusão das Culturas Européia (Portuguesa, principalmente), Africana e Indígena.
A influência da Música Folclórica de outros países latinos também se fez presente em nossos ritmos, como por exemplo, a Guarânia Paraguaia que influenciou os ritmos de composições de Nhô Pai e Mário Zan e, também não podemos deixar de mencionar, as diversas Guarânias Paraguaias, com versões para a Língua Portuguesa feitas por José Fortuna e que estouraram nas paradas de sucesso nas vozes de Cascatinha e Inhana. Não esquecendo também de mencionar algumas influências da Música Americana Rural através de versões para o Português gravadas pela dupla Belmonte e Amaraí (por exemplo "Os Verdes Campos de Minha Terra" (Putman - versão: Geraldo Figueiredo) que é uma versão do Country "The Green Green Grass Of Home").

Não abandonando a autêntica Música Caipira Raiz, Pedro Bento e Zé da Estrada, que também eram fãs da Música Mexicana, passaram a vestir trajes típicos com os característicos "Sombreros Mexicanos" e passaram a interpretar também músicas típicas desse interessante país latino-americano, entre 1963 e 1971, acompanhados também pelo trompetista Ramón Pérez. E a dupla passou a ser conhecida como "Os Amantes das Rancheiras".

De acordo com a entrevista concedida pela dupla no programa "Viola Minha Viola" que foi ao ar no dia 23/07/2005 pela TV Cultura de São Paulo-SP, após uma visita de Miguel Aceves Mejia ao Brasil, Pedro Bento e Zé da Estrada (que, além da Moda de Viola, já haviam começado a interpretar canções mais românticas, além de Boleros e Rancheiras) resolveram então "plagiar" o célebre cantor mexicano. O primeiro "chapelão mexicano" foi confeccionado em Brotas-SP, com três chapéus de palha, encaixados um sobre o outro. E quando Pepe Ávila havia chegado do México junto com um conjunto de lá, foi que os Amantes das Rancheiras adquiriram as roupagens por completo.


As características dos Mexicanos tanto nas vestimentas como também na música, na instrumentação e nos "gritinhos dos Mariachis" (Ai, Ai, Ai... Hui, Hui, Hui... ) bastante comuns também nas interpretações de Miguel Aceves Mejia, harmonizaram-se com a Música Raiz Brasileira, não só com Pedro Bento e Zé da Estrada, mas também com outras duplas tais como Tibagi e Miltinho, Belmonte e Amaraí e também Milionário e José Rico, esses últimos tendo gravado não apenas versões, mas também composições próprias nos Ritmos Mexicanos.
Em sua brilhante carreira musical, de quase 50 anos, Pedro Bento e Zé da Estrada gravaram aproximadamente duas mil músicas, num número estimado de 16 discos de 78 RPM, 104 LP's e 22 CD's, com bastante sucesso em diversas composições que se tornaram verdadeiros clássicos da Música Caipira Raiz e que premiaram a dupla com diversos Discos de Ouro e também de Platina.
Dentre seus maiores sucessos musicais, podemos destacar, além de "Seresteiro Da Lua" (Pedro Bento - Cafezinho - José Raia), composições que são verdadeiras obras de arte tais como "Piracicaba" (Nílton A. Melo), "O Sonho do Matuto" (Capitão Furtado - Laureano), "Boi Soberano" (Carreirinho - Isaltino G. Paula - Pedro L. Oliveira), "Mourão Da Porteira" (Raul Torres - João Pacífico), "Sinhá Maria" (René Bittencourt), "Os Três Boiadeiros" (Anacleto Rosas Jr.), "Romaria" (Renato Teixeira) e "Mágoa de Boiadeiro" (Índio Vago - Nonô Basílio), apenas para citar algumas Brasileiras Autênticas!


Pedro Bento e Zé da Estrada continuam cantando, gravando e se apresentando em shows sempre calorosamente aplaudidos por inúmeros Apreciadores por todo o Brasil. São exemplos de talento e força de vontade, indispensáveis quando se fala na autêntica Música Caipira Raiz. A dupla gravou um dos seus mais recentes CD, lançado em Janeiro de 2003 pela Atração Fonográfica: "Do Jeito Que o Povo Gosta" o qual contém a seleção de repertório escolhida pelo próprio Pedro Bento, com musicas de diversos autores renomados. Destaque para uma regravação de "Mágoa de Boiadeiro" (Índio Vago - Nonô Basílio) que conta com a participação especial de Daniel.

Em uma passagem rápida aqui pela nossa cidade, Pedro Bento, Zé da Estrada e seus músicos estiveram há alguns anos atráz hospedados aqui no Tabatinga Palace Hotel para a realização de um show de final de anos aqui na vizinha cidade de Nova Europa. Na oportunidade nos dirigimos até o hotel onde pudemos conhecer a dupla.
 
Geferson Sgarbi - Pedro Aravéquia - Tibério Mem - Pedro Bento e Zé da Estrada e Eu

CD PEDRO BENTO E ZÉ DA ESTRADA 50 ANOS - ANO 2007


Contato para shows: (11) 221-0727 ou (11) 221-4017
Falar com Mairiporã
(Mairiporã Promoções Artísticas)
e-mail: shows@mairiporapromocoes.com.br


CLIQUE SOBRE O LINK E BAIXE GRATIS

         A DUPLA POSSUI UM MUSEU HISTÓRICO NA CIDADE DE PRATÂNIA SP, ABERTO DIARIAMENTE À VISITAÇÃO PÚBLICA ONDE EXISTEM OBJETOS COMO TROFÉUS, DISCOS, FOTOS, INDUMENTÁRIAS E INSTRUMENTOS MUSICAIS ANTIGOS USADOS PELA DUPLA.
        PEDRO BENTO E ZÉ DA ESTRADA NÃO FIZERAM SUCESSO APENAS NA MÚSICA. NA DÉCADA DE 60, FOI LANÇADO PARA O CINEMA O FILME COM O TÍTULO “OS TRÊS BOIADEIROS”, ONDE A DUPLA TEVE UM BOM DESEMPENHO EM  INTERPRETAR PERSONAGENS DE DESTAQUE, JUNTAMENTE COM O ATOR CHICO DE FRANCO.  MAS ISSO É UMA OUTRA HISTÓRIA...

 Fontes: www.boamusicaricardinho.com
              www.pedrobentoezedaestrada.com.br

MÚSICAS:
1-A lua é testemunha
2-Coxinilho
3-Amanheci em teus braços
4-Penas de minha alma
5-Tropas e boiadas
6-Mulher de ninguém
7-Desejo antigo
8-Vinte anos
9-Ébrio de amor
10-Galopeira
11-Caminho de minha vida
12-Sete palavras
13-Cavalo preto valente
14-Canção para ti
15-Serenata de amor
16-Contra o vento
17-Fracasso do boêmio


DOWNLOAD:
http://www.4shared.com/rar/qeueRX9k/wwwrarissimosblogspotcom-Pedro.html

A visita de Benedito Seviero na Rádio Centenário FM

Há alguns anos atráz tivemos o prazer de receber na sede da rádio Centenário FM a visita de *Benedito Seviero. Eu estava em casa e meu querido amigo, parceiro, o saudoso Tibério Mem, me e liga e me pede para ir até a rádio meio urgente, sem pensar muito, fui rapido até lá pensando que tivesse acontecido algo, mas para a minha supresa ele veio me apresentar  o senhor  * Benedito Seviero,  o qual ele, Tibério, comentava muito e dizia que se tratava de um grande compositor da Musica Sertaneja,  autor de muita musica boa e famosa, também gravadas por muitos cantores de grande renome da musica sertaneja. Na ocasião Seviero nos presenteou com CDs com  musicas  de sua autoria, CD este que estou disponibilizado logo abaixo para download para quem quizer. Pois bem,  essa  é uma de muitas outras histórias interessantes acontecidas ali na rádio nesses quase dez anos de existência.
*Benedito Seviero - Leia abaixo da foto um pouco de sua história.
Na foto: Tibério Mem, Benedito Seviero e Dilsinho Carmanhani

BENEDITO ONOFRE SEVIÉRO, brasileiro, nascido aos 20 de outubro de 1931 em Boa Esperança do Sul/SP começou escrever música aos 18 anos, sendo sua primeira composição em 1949 intitulada "Santa Cruz da Serra”e gravada em 1952, uma lembrança das santas missões realizada em 1949 quando foi erguido o cruzeiro em Trabijú, que na época era distrito de Boa Esperança do Sul, que em 1997 tornou-se município.  Benedito Seviéro daí por diante escreveu tantas composições que nos dias de hoje já ultrapassou a casa das 2.000 músicas gravadas e regravadas, com mais de trezentos intérpretes.
Seus primeiros sucessos foram "Alma de Boêmio” (1960) com Tião Carreiro e Pardinho, "Alma Inocente” (1959) com Zilo e Zalo, "Taça da Dor” (1957) com Pedro Bento e Zé da Estrada, "Último Adeus” (1978) com Trio Parada Dura, "Saudade Noturna” (1979) com Milionário e José Rico, "Pranto Amargo” (1959) com Tibagi e Miltinho, "Meu Casamento” (1965) com Caçula e Marinheiro”, "Rainha do meu Coração” (1968) com Silveira e Barrinha”, "Peão Vira-Mundo” (1953) com Campanha e Cuibano, "Troféu de Dor” (1980) com Gino e Geno, "Dinheiro Maldito” (1982) com Mizael e Valdery, "Noite de Plantão” (1988) com Barreirito, "O Mesmo Castigo” (1986) com Ronaldo Viola e Praiano, “Não Posso Acreditar” (1992) com Ronaldo Adriano, "Mulher Avião” (1993) com Carlito e |Baduí, "Boêmio Colarinho Branco” (1998) com Chico Rey e Paraná, "Eu Disse Não” (1978) com Duduca e Dalvan, "Trinta Dias de Saudade” (2002) com Solevante e Soleni, "Tardes de Amor” (1990) com Mococa e Paraíso, "Nossa Música” (1983) com João Paulo e Daniel, "O Dinheiro Compra Tudo” (1985) com Chitãozinho e Xororó, “Mulher de Ninguém” (1958) com Paiozinho e Zé Tapera, "Não Amo Ninguém” (1977) com Teodoro e Sampaio, "Duelo de Amor” (1989) com Matogrosso e Mathias, "O Abajur” (1979) com Gilberto e Gilmar, "Amanhã ou Depois” (1983) com Cézar e Paulinho, "Teu Adeus” (1969) com Belmonte e Amaraí, "No Ponteio da Viola” (1993) com Peão Carreiro e Zé Paulo, "Luz Vermelha” (1966) com Zico e Zeca, "Velha Querência” (1961) com Liu e Léu, "Noite de Angústia” (1979) com Rudy e Roney, "Mão de Deus” (1993) com Wellinton e Willian, "Excursão ao Paraná” (2000) com Preferido e Predileto, "Negócio de Sócio” (1996) com Sérgio Reis, "Cabana” (1985) com Lourenço e Lourival, "Moderno Absurdo” (2004) com João Carlos e Bruno, "Caso Sobrenatural” (2005) com Galvão e Gallati, etc...
Destaca-se os maiores sucessos mais recentes:
“Espuma da Cerveja” (1981) com Gian e Giovani, "Mulher Boa” (2000) com Teodoro e Sampaio, Grupo Tradição, e o Grupo Dois a Um, "Meu Amor Fugiu de Mim” (1998) com Juliano Cézar e com Jad e Jéferson, "Som de Cristal” (1984) com Joaquim e Manoel , Grupo Tradição (esta música também foi gravada em Portugal e na Espanha), “BOATE AZUL” (1981) de Benedito Seviéro e Tomás, seus criadores foram Joaquim e Manoel, sendo regravada por mais de trinta vezes entre eles: Bruno e Marrone, Matogrosso e Mathias, César Menotti e Fabiano, Galvão e Gallati, Marcelo Costa, Almir Rogério e vários outros (essa música também foi regravada em vários outros países).
A música “Boate Azul” foi escrita em novenbro de 1.963, mas devido a ditadura de abril de 1964, ela foi censurada e proibida sua comercialização, sendo liberada só em 1980 no final da Ditadura Militar.
CD BENEDITO SEVIERO E RONALDO ADRIANO - 30 ANOS DE PARCERIA

MUSICAS:

01-TEODORO E SAMPAIO-CHORA CORAÇÃO
02-TRIO PARADA DURA-ULTIMO ADEUS
03-VALDERI E MIZAEL-DINHEIRO MALDITO
04-BARRERITO-NOSSOS MOMENTOS DE AMOR
05-TIÃO CARREIRO E PRAIANO-O MESMO CASTIGO
06-RONALDO ADRIANO-NÃO POSSO ACREDITAR
07-GINO E GENO-MENINA BONITA
08-MOCOCA E MORACI-SOMENTE AGORA EU VEJO
09-CARLITO E BADUI-MULHER  AVIÃO
10-DUDUCA E DALVAN-EU DISSE NÃO
11-CHICO REI E PARANÁ-BOEMIO DO COLARINHO BRANCO
12-AS MINEIRINHAS-VOCE É MINHA DEVOÇÃO
13-SOLEVANTE E SOLENI-TRINTA DIAS DE SAUDADE
14-SILVEIRA E SILVEIRINHA-TROFEU DE DOR
15-TRIO VERDADE-HORA DO ADEUS
16-ELIVELTON E ELIZETE-É SEMPRE ASSIM

DOWNLOAD: